sexta-feira, 10 de julho de 2009

Top 10









TOP 10 VILÕES

Há o que busca Poder, há o que é louco, há o ambicioso, há o que simplesmente não gosta de nós, há o que quer vingança, e/ou há o que é, enfim, apenas mau por natureza. Vilões nos videojogos! Um bom vilão é aquele que torna-se na força motriz que nos faz querer chegar ao fim dum jogo, ou aquele que até nos assusta e intimida, ou o que pura e simplesmente torna-se um obstáculo tão grande que a sua importância no jogo é pura e simplesmente incontornável. Enfim. Muitas variações. Dos jogos que eu joguei na minha vida, quais os mais marcantes para mim? Ei- -los! Os Top 10 vilões das minhas cruzadas.

ATENÇÂO!!! Existem nesta lista "spoilers" para quem não jogou alguns destes jogos. Dito isto...




10 - FRANK FONTAINE – Bioshock


Ora aqui está um crápula, para iniciarmos da melhor(ou pior) maneira! Este tipo é má rês e pronto! Ele usa-nos o jogo todo, fazendo-nos crer que é Atlas: um cidadão de Rapture que ainda está são e precisa da nossa ajuda para que possa escapar com a sua familia desta metrópole sub-aquática perdida. Pelo jogo fora, vamos vendo vários posters de Atlas e vamos apanhando depoimentos e relatos de que este Atlas é um verdadeiro lutador dos fracos e oprimidos de Rapture, que até detém um orfanato para os orfãos, enquanto lidera uma revolução contra a opressão de Andrew Ryan. A verdade?



Ele é Frank Fontaine, um cntrabandista/mafioso/agiota da cidade de Rapture, á procura do monopólio completo! Nunca existiu Atlas! Ele enganou os cidadãos de Rapture criando a figura mítica de Atlas e engana-nos também até meio do jogo, fazendo-nos livrar de Ryan e dar-lhe o controlo absoluto de Rapture, além de acesso a doses de Adam que permitem-lhe transformar-se num ser de poder incomparável. O pior é que ele ainda vai nos provocando pelo jogo fora por rádio ou tentando fazer com que nos juntemos á sua causa. Chegar ao final do jogo e dar cabo deste tipo, vendo as Little Sisters auxiliando-nos, torna-se de facto gratificante. Fontaine merece um lugar nesta lista, pelas piores razões, ou não estivéssemos a falar de vilões nesta lista. Mau menino…







9 - DR WILY(E OS SEUS ROBÔS) – Série Mega Man




Mega Man! Das séries preferidas da minha infância. Desde a música de 8 bits sempre fantástica, aos níveis variados, à jogabilidade intuitiva e simples(e, por vezes, frustrante), até aos nossos principais alvos: os Robôs, os bosses de cada um dos níveis, criados pelo cientista do mal, Dr. Willy. Este homem, de bigode generoso, consegue sempre de alguma maneira escapulir e voltar a lançar o caos no mundo, apesar de no final de cada jogo o determos..e prendermo-lo…e por vezes destruir-lhe, até… Pronto, nexo na história deste vilão de Mega Man naõ é coisa que se encontre facilmente, mas não precisa!!




Mega Man é acção e plataforma na sua melhor forma, e isso é que interessa. A luta final com Dr. Willy em quase todos os jogos desta longa série, após eliminar os bosses/robôs de cada nível, já é formula garantida e continua a funcionar. E a satisfação de se ganhar o poder de cada um destes robôs após a sua derrota, é sempre um aliciante. A varieadade ao longo desta série das já dezenas de diferentes robôs por ela afora é notável…embora, alguns não sejam lá muito bem sucedidos, vamos ser sinceros.. Mas a maior parte, é fantástica! Após o excelente regresso de Mega Man 9 ao formato de 8 bits em toda a sua glória, é esperar que Dr. Willy escape do cativeiro de novo e acabe a sua nova remessa de 8(ou mais) robôs do mal, para mais umas horas de diversão. Despacha-te, Bigodes!!







8 – DR. ROBOTNIK – Série Sonic The Hedgehog




O nosso segundo Dr. marado. Mas onde raio é que estes tipos andam a buscar os seus doutoramentos? Talvez naquela universidade mais conhecida por trazer um outro incompetente para a nossa sociedade, a Universidade Independente? Afinal, foi lá que Sócrates tornou-se “engenheiro”..pois… “engenheiro”… Embora Robotnik seja um pouco estúpido, o que me faz pensar na Universidade dos Açores, seio original dos Reis da Estupidez: os Tunalhos. (Vingança!) Enfim, quem já não pulou para cima da tola deste badochas no topo da sua nave? Até aqueles que pouco jogam videojogos têm na memória um qualquer nível de Sonic e sua subsequente luta com a nave ou engenho de Dr. Robotnik, para depois libertar os pobres animais que estavam para ser transformados em robôs.




Dr. Robotnik, ou Eggman ou como queiram chamar-lhe, só não está num lugar mais elevado nesta lista, porque após Sonic Adventure 2 na Dreamcast, esta série tem, infelizmente para mim, descido em grande qualidade. Sonic Unleashed?! Que tal, “Sonic: O Que Raio Se Passou Com Este Jogo Que Era Divertido Mas Que Agora É Insuportável E Com Um Sonic Lobisom…Qualquer Coisa..”? É pena que já não consigam fazer um jogo bom do ouriço azul, o que até nem deveria ser muito difícil, seria só seguir a fórmula do Passado. Mas na mesma, um tipo que transforma coelhos e pássaros e outras criaturas inocentes ou (teoricamente)amorosas em robôs, é um tipo muito mau mesmo. Não se faz…Sniff…








7 – NEMESIS – Resident Evil 3:Nemesis





O que foi isso?! Alguém disse S.T.A.R.S.?! Ah, era só impressão minha… Permitem-me que explique: Ao jogarem Residente Evil 3, pelo jogo fora vão encontrar este tipo por dezenas de vezes a caminhar lenta(de início), mas poderosamente, na vossa direcção. A vossa reacção imediata será tentar fugir deste colosso a não ser que se sintam confiantes e tenham uma Magnum, caçadeira ou outro arsenal forte e munições em bom número, ou muitos First Aid Kits e ervas verdes. Ele é dificil de derrubar e se nos apanha, é quase Game Over.




Mesmo depois de derrubado, ao sairmos do primeiro local onde ele se encontra, somos agraciados com uma cutscene em que vemos ele a levantar-se de novo, ou seja, vamos ter de o encontrar muitas vezes mais. Toda a vez que temos uma cena com esta beldade, a primeira coisa que ouvimos na área ao entrarmos, é Nemesis a grunhir de uma maneira estranhamente audível “S.T.A.R.S.”, a força de elite a que a nossa personagem(Jill Valentine) pertencia no jogo Resident Evil original. A missão deste mutante zombificado é eliminar quem pertencia a esta equipe, ou seja, nós. Ele derruba paredes, levanta carros e tem uma bazuca, por amor de Deus! Ele até é a capa do jogo. Este monstro dá-nos tantos momentos de tensão apenas com uma palavra, e isso é, pura e simplesmente, Poder! Poder de Gajo Muito Ruim!!!








6 – GANONDROF: Série Legend of Zelda




Legend of Zelda e todas as suas sequelas, são jogos que na sua maioria, merecem nota 10. Tirando os terríveis Zelda na Philips Cdi e uma ou outra variação da série, os da série principal são sempre algo de muito, muito bom. A par de Super Mário Bros. e Metroid, esta é outra série divinal de Myamoto, o criador do canalizador, de Samus Aran e de Link, o protagonista de Zelda. E com todo o protagonista, vem o seu antagonista: Ganondorf.





Desde parecer mais um javali que outra coisa em A Link to the Past, passando pelo aspecto de cavaleiro negro e Rei dos Ladrões em Ocarina of Time e Majora’s Mask, até ao aspecto de semi-deus no final do mais recente Twilght Princess, este personagem, de todas as vezes, só tem uma coisa em mente: o Triforce. É mau, sedento de poder, consegue sempre pôr as suas mãos impuras em Zelda e, felizmente, dá-nos uma carrada de trabalhos e horas atrás de horas no mundo de Hyrule. Os fãs querem que Ganon volte de novo ás suas tramóias por uma razão simples: para jogar um novo Legend of Zelda. Um vilão muito bom para uma série maravilhosa, e por isso, leva um estatuto acima da média nesta lista.








5 – KEFKA PALAZZO– Final Fantasy VI





Uau, este tipo é mesmo marado! Uns podem chamar-lhe de louco ou maníaco, mas além disso, ele é uma coisa garantida: mau como as cobras! Final Fantasy VI é um jogo um pouco obscuro para os europeus pois a versão original da Super Nintendo não chegou á Europa, mas mais tarde surgiu num relançamento para a Playstation One perto do fim de vida desta consola, daí muitos não conhecerem este vilão. Pois eu conheci e fiquei mesmo admirado por nunca ter ouvido antes falar deste sujeito.



Final Fantasy VI é o meu segundo jogo preferido da série e o seu vilão principal não fica atrás. É metade secretário do comandante do exército imperial opressor, metade mago principal, metade palhaço e metade, enfim, louco e mau. A melhor comparação que arranjo é a brilhante versão de Joker de Heath Ledger em The Dark Knight. De facto, vendo o filme, uma das coisas que me vinham á memória vendo-o era que este Joker era Kefka!! Anárquico, louco, engenhoso e mau. Nunca li os comics originais de The Dark Knight onde o filme se inspirou, mas estou muito curioso para saber se o seu criador, Frank Miller, não terá jogado Final Fantasy VI. Apesar de vilão, Kefka ganhou uma legião de fãs, tal como o novo Joker, só que há mais de 10 anos antes deste último. Grande jogo! Vilão ainda melhor!







4 – BOWSER – Série Super Mario



A par de Sonic e Tetris, o jogo que o maior número de pessoas já jogou foi Super Mario Bros. Ou no passado distante, ou no presente ou no futuro, não passou, passa ou passará um segundo no mundo sem que um ser humano não esteja a controlar o canalizador num dos seus muitos jogos. Tudo para resgatar a princesa Peach/Toadstool das garras deste lagarto ou tartaruga gigante. Bowser não é lá muito esperto, de facto, é um bocado tapado, por todas as vezes que já falhou nos seus intentos de desposar a pobre rapariga.



Mas é um ícone como o antagonista principal de Super Mario e isso tem de lhe dar um peso acima dos outros. Seja a versão original da NES, seja a versão de Mario 64, seja a versão em Super Mario Galaxy, o design deste personagem não foge muito em todas as frentes (nem o seu cérebro) e isso dá-lhe uma consistência invulgar no mundo dos videojogos. Pelos níveis e aventuras e pulos que Bowser nos fez dar controlando Mario, este réptil cuspidor de fogo merece grande destaque. ….Merece, mas não há muito mais a dizer sobre ele… Por isso, passem lá para o Nr….


3 – ALESSA?...DAHLIA?... ENFIM, A CIDADE DE SILENT HILL – Série Silent Hill



Dificilmente encontrarão um mundo nos videojogos tão perturbante como a cidade de Silent Hill. Este é um Survival Horror, logo, Terror e Medo são as palavras do dia. Uma pequena cidade do interior norte-americano que, através de rituais satânicos ou algo parecido, transformou-se num local quase deserto e os pouquíssimos sobreviventes ainda humanos que restam não têm os parafusos todos no sítio. Ao entrarmos na cidade deparámo-nos com nevoeiros cerradíssimos, monstros assustadoramente disformes e cenas muito, mas muito pertubadoras. Silent Hill funciona tão bem, que mesmo em alturas sem perigo, toda a atmosfera do jogo e som nos deixa ligeiramente com “cagufa”.


O pior, é quando vem a Escuridão. Silent Hill, que antes já de si era assustadora, transforma-se numa versão metalizada e disforme de si mesma. Paredes de carne humana, cadáveres disformes de humanos(ou não) suspensos em ganchos, sangue..enfim, algo muito doentio. É difícil atribuir responsabilidades no mundo de Silent Hill por este Inferno. Alessa? Uma menina que trará a encarnação de Samael, o anjo da Morte, ao Mundo. Dahlia Gillespie? A mãe perturbada e doentia de Alessa, que sacrifica a sua própria filha aos seguidores do seu culto? Os seguidores do culto de Samael em Silent Hill? O próprio Samael? O presidente Bush? O maior opressor deste jogo é mesmo a cidade de Silent Hill pela sua atmosfera, ambiente de pesadelo e perturbação absoluta. Quem jogar algum jogo da série à noite, só com a luz da televisão acesa, terá uma das experiências mais incômodas e assustadoras que se pode encontrar no mundo dos videojogos e vai desejar que Silent Hill não saia pela tv afora. Só não joguem Silent Hill 4: The Room. Que perca de tempo…..





2 – REVOLVER OCELOT – Série Metal Gear Solid




Uma série de qualidade acima da média, sempre apetrechada de personagens variadas, complexas e ricas. Entre elas, uma das mais consistentes e frequentes, Revolver Ocelot. Uma personagem mais complexa e inteligente do que aparenta de ínicio, Revolver surge em Metal Gear Solid como um velho pistoleiro com mira acima do normal, com uma certa afinidade para a tortura, como podemos sentir na pele no decorrer do jogo da Playstation One. Revolver apresenta uma das primeiras lutas de boss do jogo com grande engenho, algo já de esperar na série. Regressa em Metal Gear Solid 2 como, aparentemente, a principal ameaça do jogo, liderando um exército que busca reactivar o projecto Metal Gear. No terceiro jogo da série, deparámo-nos com a versão jovem(e russa) e um tanto inexperiente de Revolver Ocelot, que na mesma faz-nos a vida difícil.

No quarto capítulo desta série, o absurdamente magnífico Metal Gear Solid 4: Guns of The Patriots, ele é o principal bad boy do jogo e opressor principal de Solid Snake. Ou melhor, é e não é… O corpo é o dele, mas a personalidade é de Liquid Snake, o irmão gêmeo do herói Solid Snake e príncipal vilão de Metal Gear Solid 1. É que após perder o seu braço em MGS2, Revolver implanta o braço do falecido Liquid em si. Isso faz com que Liquid tome conta de seu corpo. Confusos? Não se admirem, é Metal Gear Solid. Estava indeciso entre este personagem ou Liquid Snake, mas por ser mais consistente em toda a série e sempre um adversário de grande destaque na mesma, Revolver Ocelot é o meu segundo vilão preferido nos videojogos.




1 – SEPHIROTH – Final Fantasy VII



A sério, pessoal. Que dúvidas poderiam haver? Se virem a secção “Acerca de mim” no canto superior direito vão ver que a imagem que escolhi foi Sephiroth. Final Fantasy VII é um jogo já mítico para fãs de R.P.G.s, e não só. Entre os milhares de elogios que eu poderia romper a este jogo vou ter de guardar-me e limitar a justificar porque Sephiroth é “O Vilão”, para mim. Desde a complexa personalidade deste personagem até à sua história pessoal, passando pelo seu estilo e transformações, Sephiroth é acima de tudo inesquecível e marcante. Basicamente, é o antagonista que difícilmente seria mais perfeito para este jogo, ou outros até.

Na lista dos seus feitos, pode se incluir o facto de ele incendiar Nibelheim, a cidade natal de Cloud, o herói do jogo; liquidar quase todos os funcionários da sede da Shinra(a empresa reinante na sociedade do jogo); manipular o nosso herói a fazer-lhe a vontade de uma maneira poderosa; ressuscitar Jenova, um mal extra-terrestre que caiu dos Céus muitos anos antes e por pouco não exterminou o Mundo, a quem ele chama afectuosamente de Mãe, pois Sephiroth foi gerado através do ADN dela; invocar um meteoro gigantesco que por pouco não liquida o planeta; e torna-se no final um autêntico Deus alado que temos de eliminar, ao som de uma poderosa música orquestral com um coro que canta em Latim e grita imperiosamente “Sephiroth!”.

Mas de longe, o feito que os fãs deste jogo jamais esquecerão e um dos momentos mais poderosos em qualquer videojogo na História, é a queda de Sephiroth do céu, com a Masamune(sua gigantesca espada) em punhos, trespassando o peito de Aeris, uma personagem da nossa troupe, das mais importantes na narrativa do jogo e das mais queridas pelos fãs. Toda a sequência, diálogo e música da morte de Aeris é emotiva, chocante e arrepiante, em especial pela primeira vez. Sephiroth tornou-se tão, ou mais popular que o herói Cloud, outra personagem que também pode se gabar de uma legião de fãs, tal é a impressão que deixa nos jogadores. Ele é tâo mau e bom ao mesmo tempo, que merece não só um, mas dois videos seus nesta lista. Um que é uma espécie de tributo com o fantástico tema da luta final com Sephiroth, "One Winged Angel", e um outro que mostra a sequência da morte de Aeris numa versão reduzida. Apreciem.





quinta-feira, 28 de maio de 2009







BIOSHOCK (PS3)





(E tunalhos...)













Mas que raio é aquilo debaixo do título do jogo?!
Enfim…




Bem, este jogo é cá uma coisa fenomenal… Garanto que depois de o jogarem a primeira vez, não ficarão indiferentes. Mais. Voltarão a querer jogá-lo de novo. É mesmo muito bom.
Há tanta coisa boa neste jogo que vai ser difícil resumir isto. Depois de Tomb Raider: Underworld, eu queria fazer uma análise mais breve, mas para Bioshock é quase impossível, pois merece cada palavra de louvor que lhe seja atribuída
Pois bem, vamos a isso. Comecemos, por algo absurdamente bom neste jogo: a história.
E que história! O jogo é passado no fim da década de 50, mais concretamente 1959, na cidade fictícia(esperemos nós) de Rapture. Rapture é uma moderna(para a altura e até hoje em dia, talvez) cidade sub-aquática, reclusa e escondida do resto do mundo. Como o Nordeste! Foi criada com o intuito de ser uma Utópia, um mundo perfeito, onde artistas, cientistas, engenheiros genéticos e não só, acompanhados de suas famílias, poderiam criar e trabalhar longe das pressões ou restricções de governos, igrejas ou grupos moralistas de qualquer estirpe.





($$$$ TUNALHOS $$$$)







(Outra vez? Mas que raio se passa aqui hoje?!?! Resumindo…) Esta era a visão do seu criador, Andrew Ryan, o visionário(e como verão no jogo, megalômano) inventor, construtor e líder desta cidade. Esta liberdade permitiu que os seus habitantes avançassem mais do que o resto do Mundo e fossem prolíficos em inovações, especialmente a nível genético e industrial. Entre as genéticas, talvez a inovação mais significativa, a criação de Plasmids: elixires que, através de (aparentemente)pequenas alterações genéticas, davam aos seus habitantes tais poderes como fogo na palma da mão ou poderes telepáticos que permitiam movimentar objectos, só para nomear alguns (“Quer lume para o cigarro? Acenda aqui no meu polegar! Quer mudar o sofá? É só um gesto com a mão! Quer resolver a crise em Portugal? É só….ahh…acho que não estamos ainda tão avançados….Talvez para o próximo Milénio já consigamos algo…Ou dois Milénios…”). Até á Passagem de Ano de 1959 para 1960, não pareciam haver limites para esta metrópole e seus prolíficos cidadãos (e não cidadÕes, seus ignorantes…).










Rapture: O Sol garantidamente não brilha aqui, mas esta é uma cidade brilhante. Ou melhor....era...







O nosso personagem é alguém sem nome e só vemos o seu rosto numa foto, não sabemos praticamente nada sobre sua história ou passado. Apenas que estamos num voo sobre o Atlântico que subitamente corre mal e damos por nós a começar o jogo no meio dum fantástico mar nocturno, rodeados de poderosas labaredas de fogo, á procura de algum refúgio. Eis que nos deparamos com a entrada secreta para Rapture, quase por acidente. Ao longo da história vamos percebendo que este personagem tem alguma ligação com esta cidade, mas não vos estragarei uma das muitas tramas de alto gabarito desta história.






Em Rapture, no entanto depressa nos apercebemos que algo muito errado se está a passar aqui. Os seus cidadãos, devido ao uso exagerado dos Plasmids e Tonics e de Adam(um tónico diferente, muito importante neste jogo. Basicamente vem da força vital de cada pessoa), enlouqueceram. Estes “inimigos” que vamos encontrando por Rapture não são no entanto loucos que agem maníacamente sem nexo. Antes pelo contrário, a Inteligência Artificial deste jogo é impressionante. Se os atacarmos, procuram refúgio. Se pegarmos fogo a um Splicer, o nome que é dado a estes cidadãos transformados, ele procura por água para apagar o mesmo. Se estiverem feridos, alguns vão procurar por alguma Health Station(Estação de Cura) para repor alguma vida. Por vezes, pensamos que vamos procurar por itens num dos muitos cadáveres espalhados pelo jogo, quando subitamente ele se levanta e nos apercebemos, já tarde, que não passava de um Splicer a preparar-nos uma armadilha. São muitos os exemplos do trabalho excepcional que foi feito por esta equipe em tornar estas personagens críveis e desafiantes. Transformados, loucos e selvagens até, talvez, mas no entanto ainda racionais, muito matreiros e cautelosos quando é preciso. E o facto de lançarem umas quantas linhas de diálogo, ajuda a que acreditemos que estamos a enfrentar pessoas que já foram normais. Humanos transformados, mas racionais e não meros zombies que só grunhem ou estendem os braços, ou algo assim do género já visto em muitos outros jogos.







"Hmm...Cheira-me que você terá gripe suína..."



Para sobrevivermos neste mundo, vamos ter de passar a usar estes Plasmids também, e aí, a jogabilidade já de si variada, passa a tornar-se ainda mais vasta.
Ganhamos poderes como raios de choque que imobilizam temporariamente os nossos inimigos, fogo para incendiar-lhes, gelo para congelar-lhes, capacidade de mover objectos telepáticamente e atirar cadeiras ou outros objectos aos nossos inimigos, a capacidade de invocar um enxame de abelhas que distraem-os de nós dando-nos tempo de reorganizar ou disparar sem pressões, e muitos, muitos mais poderes que não direi, pois descobrir cada um deles e saber como utilizá-los adequadamente é uma das agradáveis surpresas deste jogo.
De facto, tal diversidade de opções em como enfrentar estes adversários e diferentes maneiras de fazê-lo, dão a este jogo uma das jogabilidades mais variadas, diversas, profundas, intuitivas e divertidas de sempre no mundo dos videojogos. Não tenham a minima dúvida. Ao chegar ao final do jogo, esta jogabilidade até nos faz querer jogar o jogo de novo e tentar outras técnicas diferentes pelas várias partes do jogo e tentar equipar-nos com poderes diferentes e ver o resultado que daí advirá.






O arsenal é variado, desde uma chave inglesa até um revólver, uma caçadeira, uma metralhadora, uma besta(como Guilherme Tell, não besta como eu), um lança-granadas/minas/mísseis e uma espécie de jacto que lança fogo, gelo ou electricidade. Aliás, sem ser a chave inglesa, cada arma dispõe de três tipos diferentes de munições, como por exemplo setas incendiárias para a besta ou balas perfurantes para o revólver que são mais eficazes usadas contra maquinaria(metralhadoras automáticas, câmaras de video, etc.) ou cartuchos de caçadeira electrizantes, entre outros. No decorrer do jogo ainda poderão fazer upgrades a cada arma. A simbiose de como utilizam estas armas em conjunção com os vossos Plasmids, oferecem ainda mais opções á vossa jogabilidade. Como vêm, e não me canso de repetir, variedade de opções de como abordar os inimigos no jogo é o que não falta. Trabalho fantástico da editora, a 2K.






Os gráficos estão espectacularmente bem conseguidos e toda a arte utilizada neste jogo é o que nos faz imergir ainda mais em Rapture e acreditar que este sítio é real e já foi glorioso. Não é fácil criar um mundo com referências da década de 50, passado numa metrópole sub-aquática avançada para a época, agora num estado decadente e caótico. Leiam esta última frase, a sério……….. Agora, imaginem que são os desenhadores do jogo e foi isto que foi vos pedido para criarem. Melhor, seria… não, melhor É quase impossível! Isto não são meros desenhadores. São artistas.





"Mas isto não era um espectáculo do Filipe La Féria? Onde está o João Baião?"






O trabalho sonoro também não foi descuidado aqui, antes pelo contrário, é de um primor fora do normal. A cidade é rica em ruídos e sonoridades que se esperam duma cidade industrial, artística, moderna, caótica, enfim, muito multifacetada, debaixo de água. A música tem um reportório espantoso que ajuda de maneira única a ambientarmo-nos no final da década de 50 de maneira ainda mais imersiva. Desde Cole Porter, a Frank Sinatra, a Bing Crosby, entre outros. De facto, torna-se até quase perturbador quando surgem uma destas musicas, naquele som abafado e rouco de gramofone, e nos vemos rodeados de morte e caos.
O trabalho de vozes do jogo está superior a muita coisa por aí. Qualquer personagem que tenha diálogo neste jogo, tem-no de maneira extremamente crível e algumas interpretações são simplesmente memoráveis. Sempre que Andrew Ryan nos diz algo, sentimo-nos algo tensos. Quando Tennenbaum fala, associamos logo a voz para a personagem a que se destina: uma mulher alemã envolta em algum mistério. Basta a voz e os diálogos e provocações de Fontaine, para nos fazer querer dar cabo dele. As loucuras proferidas por Sander Cohen, um cantor e artista(esperem até ver a “arte” dele), perturba-nos um pouco, sem deixarem de ter um certo humor negro inerente a elas. A voz algo fantasmagórica de cada Little Sister transforma-se para uma voz de gratificação e doçura, nesta menina que acabou de ser salva. Existem mais personagens e vozes pelo jogo fora e todas elas estão perfeitas.
Por falar em Little Sister…










"Papá......Por favor...Mais Floribela, não....NÃO!!!!...."







Não se pode falar em Bioshock sem se falar nas Little Sisters e nos Big Daddys. Aliás, eles são a capa do jogo, lado a lado, e são praticamente indissociáveis. As Little Sisters são basicamente crianças, todas elas meninas, com um aspecto e voz alterados num certo ar sombrio e um pouco mutante, quase de pequenas bruxas, sem perderem no entanto o aspecto de autênticas crianças e um certo ar de inocência. Estão sempre acompanhadas por quem elas chamam afectuosamente de ”Mr. Bubbles”, os Big Daddys: autênticas “armaduras” gigantescas, de capacetes enormes e luminosos, e armados de uma broca inconfundível. As Little Sisters têm Adam, algo muito importante neste jogo que permite-nos adquirir novos Plasmids ou Tonics, mas este Adam também é procurado e cobiçado tanto pelos Splicers, como por outros intervenientes na história.












"A sério que este fato é Armani?! Ia jurar que era Gucci!! Hmm...Não sei é se o levo...Não acha que me faz parecer gordo?..."






Eis o problema para colher Adam. Um grande problema. Os Big Daddys. Estes gigantes foram concebidos com o único propósito de protegerem as Little Sisters de qualquer ameaça. É quase ternurento ver a luva gigante de um Big Daddy, de mão dada com uma outra mão frágil e delicada de uma Little Sister, enquanto vagueiam pelos níveis afora observando atentamente cadáveres que ainda possam ter Adam que elas possam colher. É quase ternurento, mas falta o quase… Se quisermos Adam, temos de nos livrar deles e cada luta com estes gigantes é de uma tensão e poder tais, que a nossa adrenalina sobe ao máximo. Á medida que o nosso arsenal vai aumentando e evoluindo, esta tarefa vai-se tornando mais fácil, mas sempre com alguma tensão. Enquanto vagueiam, os Big Daddys parecem quase pachorrentos, mas quando em modo combate, as luzes do seu capacete antes amarelas, tornam-se vermelhas e estes colossos tornam-se ágeis, rápidos e poderosos: um combinação forte. O primeiro confronto com um Big Daddy é um momento poderoso e das experiências mais memoráveis que já tive num videojogo.
Após derrotar-lhes, a Little Sister fica ao critério da nossa escolha de matar-lhe, o que nos dá mais Adam, ou salvar-lhes dessa mutação, o que dá menos Adam. Por falar em momentos poderosos, ver uma Little Sister transformar-se á nossa frente e ser salva é algo surreal e, de uma maneira estranha, quase bela. Em cada nível existem duas ou três a ser salvas.








Tão ternurento... Só há um problema, grandalhão. Preciso dar cabo de ti, nada pessoal, a sério...





Após serem todas salvas num nível, é quase triste ver um Big Daddy vaguear lentamente pelos corredores á procura duma Little Sister. De facto, eles até só entram em confronto conosco nestas alturas, se formos nós a provocar o mesmo e dar um primeiro tiro. Podemos fazê-lo depois de salvar todas as Little Sisters num nível, mas eu acabei por não o querer pois em quase nada vamos ganhar com isso a não ser um dinheiro extra para comprar itens ou munições, e/ou uns itens ou ainda outros brilharetes que estavam em sua armadura já sem vida. Gostei dos Big Daddys e custava-me ter que os eliminar. Outra coisa interessante: depois de acabar o jogo salvando todas as Little Sisters, tentei jogar de novo e escolher matar-lhes para colher mais Adam. Ver pela primeira vez a animação de eu escolher tirar a vida a esta menina, enquanto ela se debatia nos maus braços, chocou-me de uma maneira que eu não esperava. A cena não é particularmente violenta ou explícita, apenas chocou-me muito a nível sentimental, especialmente depois do final anterior.








"....Mais...Floribela....não................"







E isto é Bioshock! Além de um primor técnico em gráficos, jogabilidade, som ou a história/guião, este jogo transmite-nos experiências e sensações variadas, desde tensão, receio, perturbação, adrenalina, desejo de vingança e raiva, até sensações de comiseração por estas pessoas, ternura pelos Big Daddys e afeição pelas Little Sisters. Para quem já o jogou e o terminou, sei que percebem o que quero dizer. (Tal como o meu amigo João Paulo Fortuna Aguiar!!!! Não esperavas ver o teu nome aqui, não era? Vai lá mas é dar um bjinho na Cecília e agradece á sogra por ter-te oferecido este jogo. Beijos á Noémia e ao Igor. E desta vez deixa aqui um comentário!! ;)







Bioshock é……lknfvlnf…. Hã?! Mas que Diabo?!... Desculpem. Como eu dizia, Biosh..76edcdoj…… De novo?....E s p e r em……..Co m pu ta dor a f al har…..f a lh a……








ATTENTION !!!!!!!!!




€€€€€ SPONSOR OVERRIDE €€€€€€











$$$$ Tal diversidade de sentimentos que este jogo me deu, só me recordo de ter quando deparei-me com o blog dos Tunalhos(€). A méstria utilzada neste blogue(€) de forte narrativa e de importante cariz social é tanta, que admira-me que vocês estejam aqui neste meu blog e não no deles(€). São uma verdadeira dádiva dos Céus(€), Apolos entre meros humanos(€), Kinders(€) entre míseros chocolates Regina( - € da Regina) Parece quase irreal, que um simples link como http://tunalhos.blogspot.com/ (€€€), nos transporte para uma autêntica miríade de sensações virtuais(€) $$$$$$$$$






"Como vêm neste gráfico...ou tabela...ou folha completamente aleatória que parece profissional, e pelo meu sorriso, está científicamente provado que os seguidores dos Tunalhos(€), têm logo uma considerável subida de felicidade na sua vida"





TESTEMUNHO VERÍDICO (Hélder Medeiros): "Como vêm, antes de aderir ao site dos Tunalhos, eu sofria de graves problemas capilares e estilo pessoal. Graças a eles a minha vida mudou e levo uma vida altamente polígama e vastamente activa a nível sexual! Obrigado, Tunalhos!!!!(€€€)






$$$$ Override Over $$$$





.....





…Ahh… Desculpem, não sei o que se passou aqui. Isso hoje tá mesmo marado práqui…Acho que foi algum hacker….Sim…Foi isso mesmo! Um hacker….. (Nota Mental: nunca mais pedir dinheiro emprestado áqueles gajos) …..(Reposta a Nota Mental: nem mesmo pra comprar cerveja?) (Nota Mental: apenas voltar a cair na asneira de pedir dinheiro áqueles gajos se for para algo importante, como cerveja)


Pois bem. Que mais posso dizer deste jogo?





Melhor do que dizer, vejam o vídeo que aqui tenho no ínicio desta review e terão um pequeníssimo vislumbre da beleza estranha deste jogo. A sério, vejam-no. E no fim há opção de ver um outro chamado "Rapture-Hurt". Vejam-no também.






Bioshock foi considerado por muitos o jogo do ano em 2007 quando saiu para X-Box e PC, e em 2008 agraciou os jogadores da PS3 com todo o seu esplendor. Já está em desenvolvimento Bioshock 2: Sea of Dreams para um futuro próximo. Mas venha o que vier, este Bioshock, o primeiro, será sempre, pura e simplesmente, um dos melhores videojogos de todos os tempos.

Palavras simplesmente não o fazem justiça.

………………Mas para isso é que existe a





"Nota Final !!! AHH!!..."





GRÁFICOS – 9.5 / 10
Só não leva o 10 redondo porque Metal Gear Solid 4 existe. De resto, mundo perfeito e muito boa escolha na arte e no estilo. Personagens bem polidas. Há cenas que até arrepiam. Os desenhadores dos cenários mereciam levar um Ferrari pra casa, cada um deles.



JOGABILIDADE – 10 / 10
Não havia outra nota possível. Perfeita! Uma variedade de se jogar esta experiência quase interminável e todos os comandos são efectuados de maneira flúida, intuitiva e divertida. Faz com que queiramos voltar a jogar de novo e experimentar com ela de novo.



SOM – 10 / 10
Ambientes sonoros captados na perfeição. Música a condizer na totalidade com o jogo e imergir-nos na década de 50 e toda a ambientação por completo, chegando até a provocar algumas sensações de perturbação no meio do caos. Os actores para as vozes fazem um trabalho sublime, não há aqui uma voz que não pareça mesmo de uma pessoa e não de um actor num estúdio. Grande qualidade!



LONGEVIDADE – 9 / 10
15 a 20 horas se não forem a voar. Mas vão voltar a jogar. Vão voltar para experimentar novas técnicas pelo jogo fora. Ou para repetir e agir de forma diferente da primeira vez que o fizeram com as Little Sisters para ter um final diferente. Ou para conquistar todos os Trophies. Ou para os novos níveis que há na PSN. Ou apenas porque é dos melhores jogos de sempre! Quem gostar, vai querer voltar.



O QUE O JOGO ME DEU – 10 / 10
Quando vim para este jogo vim com algum receio porque First Person Shooters não são o meu forte. Mas isto é tão variado e diferente de tudo, que foi em vão a preocupação. Adorei tudo desde a arte do jogo, passando pela música e vozes, pela jogabilidade mas, pessoalmente, pela história. As emoções que me fez ter foram muitas desde mais tensas até afeição. Adorei isto.



NOTA FINAL – 9.7 / 10
Tudo abaixo de 9.5 seria inglório para este jogo. É um futuro clássico. Daqui a 10 anos, no mundo dos videojogos este jogo será uma referência de algo inovador. Tenho é medo que venham por aí montes de sequelas e banalizem esta série. Mas o estatuto deste? Já ninguém o tira. Comprem-no. Depois agradecem-me.



$$$$$ Este 9.7 foi vos trazido por Tunalhos(€) $$$$$

Eh pá, desaparecem daqui!!!!!! Fora!!!!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

MAS QUE RAIO?...


(VÍDEOS DE JOGOS OU SITUAÇÕES ESTRANHAS DOS MESMOS)






NAMCO'S MUSCLE MARCH MADNESS




Bem vindos ao primeiro "Mas que raio?...". Basicamente, serão vídeos de videojogos marados e/ou estranhos ou situações estranhas e/ou cómicas nos mesmos.


E que jogo para começarmos...


Os japoneses são mesmo estranhos: isto é ponto assente! Mas por isso é que os adoro. Mas simplesmente há coisas que até o maior fã do Japão simplesmente tem de franzir a sobrancelha e se perguntar: "Mas o que é exactamente o que estou vendo aqui... Estes tipos não são normais..."




E Namco's Muscle March Madness é exactamente isso. Muito, MUITO estranho, mas inegávelmente cómico. Este é um jogo a sair para a Nintendo Wii no Japão, através do seu serviço online, a WiiWare. Eis a descrição do jogo: um homem musculado corre através de cidades, paredes, casas, celeiros e sei lá mais o quê, com um batido de proteínas, sendo por sua vez seguido por vários outros homens musculados(e não só...) que o tentam deter e ficar com o dito batido.


A mecânica do jogo consiste em que o líder ao atravessar um parede, deixa uma silhueta diferente na mesma e cabe ao jogador gesticular os comandos da Wii da mesma maneira da silhueta. Se não o fizer, simplesmente embate na parede e fica para trás.


Mas o lado cómico está em todo o visual marado e...gay...


Talvez o jogo mais gay de sempre, mas o vídeo é cómico. E estranho...


É mesmo caso para dizer: "Mas que raio?..."






CALMA....

Bem pessoal, é só pra vos dar um update. Tem muito tempo que não tem nada aqui porque tive de férias no estrangeiro e não tive opurtunidade de jogar nada lá por fora. No entanto, para a semana já espero por a minha próxima review, e talvez na semana seguinte uma outra. Os jogos serão a versão PS3 de Bioshock e Zack & Wiki: Quest for Barbaros' Treasure para a Nintendo Wii. Melhores notícias ainda(como se alguém estivesse interessado) vamos ter uma rubrica nova por aqui...e é um pouco marada. Daí o nome da mesma: "Mas que raio?...". Basicamente consistirá de...ahhh, que se lixe! Vejam a descrição e pronto.

sábado, 18 de abril de 2009

TOMB RAIDER: UNDERWORLD(PS3)







TOMB RAIDER: UNDERWORLD (PS3)


NOTA ESPECIAL: Agradecimentos ao meu amigo Bruno Fontes por me emprestar este jogo. Só precisei de o intimidar com uma arma á cabeça, nada de mais.


Ah, Lara, Lara…. Que saudades dos tempos em que eras um ícone dos videojogos…

Primeiro um pouco de história.
No longínquo ano de 199….e qualquer coisa(podia ir verificar no Google o ano correcto, mas não tenho paciência para isso), surgiu uma consola que veio mudar por completo o panorama até a altura.
Depois da sua consola de 16 bits de nome Mega Drive(que saudade.. já agora, irei por cá no blog uma zona retro!!), a Sega tentou inovar com uma consola de 32 bits, a Saturn….e falhou. A Nintendo, após não ter mais lucro para espremer da Super(que original, SUPER!!) Nintendo de 16 bits, viu-se obrigada a criar uma consola de 64 bits, a Nintendo 64(quem criava estes nomes? não conseguiam se sair com algo mais original?) e portou-se até razoavelmente. Mas quem dominava? (…além do jogo das Damas..e do peão)

O que levou esses dois colossos dos videojogos a apressar a criação destas novas consolas, que por sua vez, fez com que uma falhasse por completo e a outra ficasse muito aquém das expectativas? Quem andava a dominar o mercado? Quem andava a dar algo novo para os gamers de todo o mundo?
Uma pista: Começa por P, acaba em N, e tem no meio laystatio.

Pois é. A Sony Playstation, hoje também chamada afectuosamente de PSone.

A Playstation trouxe uma lufada de ar fresco e inovação com a sua consola de 32 bits. Os jogos em Cd trouxeram capacidades novas que os antigos cartuchos nunca conseguiram: melhores gráficos; melhor som; uma maior capacidade de armazenamento; e mais. Outros já o haviam tentado(Sega CD, Philips Cdi, Atari Jaguar) mas nunca conseguiram dar o melhor proveito aos Cds, algo em que a Sony pura e simplesmente arrasou!!






Coisa mai' linda!




Eis o lado irónico: a Playstion deve o seu nascimento á Nintendo! Em 199…ahh…na década de 90, a Nintendo contratou a Sony para que lhe criasse um drive de cds para uma consola nova em que pensavam criar, só que o projecto foi(estupidamente) abandonado pela Nintendo.
A equipe de desenvolvimento da Sony, após tanto esforço, decidiu tentar por sua conta e risco(atenção que estamos a falar aqui de bilhões e bilhões de euros…ou escudos, na altura..ou patacas...reis?... dobrões de ouro?...não me lembro, foi há tempo demais) avançar com o que tinham criado. Eis que acertam na mosca(coitada..) e a Sony subitamente dá por si a dominar o mercado, e mesmo com o já referido surgimento de novas consolas da concorrência, nada abalou a sua liderança.

Evidentemente, muito se deveu aos jogos que surgiram na Playstation que hoje em dia são considerados clássicos: Resident Evil; Final Fantasy VII; Metal Gear Solid; Gran Turismo; Soul Reaver e muitos, muitos mais. Entre eles, o que hoje vamos focar, Tomb Raider!

Lara Croft tornou-se uma personagem incontornável dos videojogos ao nível de Sonic e Super Mário e, o mais incontestável, tornou-se O ícone absoluto de uma personagem principal feminina num videojogo. Uma legião de fãs imediatamente criou-se. Lara atingiu um tal estatuto que originou várias sequelas/jogos, originou uma banda desenhada e várias erecções em adolescentes graças aos seus…atributos.
Até os U2, sim os U2!!! Durante a sua digressão mundial do álbum POP, os fãs nos espectáculos eram agraciados com imagens de Lara Croft aos pulos e aos tiros e sei lá mais o quê, em ecrâs GIGANTESCOS!! Os ecrãs eram tão grandes que eles eram O palco!!
Mais notoriamente, Lara tornou-se tão popular, que Hollywood criou dois filmes de milhões de dólares(com milhões de lucro) com a licença Tomb Raider, onde Lara foi interpretada por Angelina Jolie!! Sim, a Angelina Jolie, esposa de Brad Pitt e minha amante. Oops, não era suposto vocês saberem. Que chatice, lá vêm os papparazzi prá minha porta.

Agora, o jogo.
Tomb Raider estava na máxima com cinco jogos da série já na Playstation e outros em PC. Chegou a nova geração de 128 bits com a PS2 e já se clamava por Lara. Eis que nasceu Tomb Raider: The Angel of Darkness.
Uma hora muito, muito negra…. O jogo era terrível. Muito mau mesmo. Se hoje Lara perdeu o seu estatuto, este jogo é o responsável.

A série Tomb Raider era conhecida por uma excelente jogabilidade e puzzles engenhosos. Lara tinha uma agilidade espantosa e era fácil controlarmos a personagem e desencadear séries de saltos, pulos, piruetas, trepar cenários gigantescos e épicos, correr aos tiros, enfim, muita variação e de fácil execução.
Angel of Darkness falhava redondamente em tudo, excepto o som e gráficos aceitáveis mas com péssimos controlos e muitas falhas técnicas, os chamados bugs. O que antes era fluído e de rápida execução tornou-se quase impraticável, soluçante, quase impossível de executar que por sua vez tornava a progressão do jogo lenta, irritante até.

O jogo não poderia ter um título mais apropriado. Angel of Darkness arrastou Lara para a Escuridão e desacreditou a série, fazendo com que tardasse muito até um novo jogo ver a luz do dia. Basicamente, Angel of Darkness foi tão bom para a série como Sócrates foi para Portugal. Muito mau, para os socialistas que se recusam a perceber a comparação.



Angel of Darkness. Se algum dia virem isto, atirem-no para uma fogueira!






Dito isto, quando foi anunciado um novo jogo na série, Tomb Raider: Legend, não foi dada tanta importância quanto seria dada noutros tempos. Saiu o jogo, e foi, de facto, uma agradável surpresa!
Legend, não só voltava a uma jogabilidade de muito mais fácil execução e fluídez muito boa, como inovava, acrescentando uma Zip gun: um engenho que basicamente quando disparado por Lara fornecia uma corda a ser utilizada quer fosse para balançar Lara para atingir plataformas longínquas, quer fosse para subir ou descer, quer fosse para engatar em certos ganchos para resolver um ou outro puzzle. Além disso, na PS2 os gráficos eram muito bons, ricos, variados e até belos, a história tomava um rumo novo dando um muito precisado argumento novo para Lara, lidando com o passado da mesma e com os seus pais. O único senão do jogo era a longevidade, pois era muito curto podendo-se chegar ao final em pouco mais de 6 horas. Joguei, rapidamente cheguei ao fim, mas concordei na totalidade com as críticas: muito bom jogo, embora curto, e fez-me ter uma certa nostalgia muito agradável de Tomb Raider na PSone. Depois de quase partir o meu comando e praguejar como o Pedro Moura grosso ao jogar Angel of Darkness, Legend foi uma agradável surpresa para mim.

A série não ganhou o estatuto que antes tinha, pois entretanto outras proliferavam(Metal Gear Solid, Final Fantasy, Resident Evil) e novas até surgiam(God of War, Prince of Persia, Splinter Cell), mas as criticas eram unânimes em considerar Legend um jogo muito bom e um levantar de cabeça de Lara. Tomb Raider já não era a luz que era, mas ainda brilhava.

Agora estamos na nova geração: PS3, XBOX360 e Nintendo Wii. E agora, finalmente, vamos á análise deste mais recente título da serie: Tomb Raider: Underworld. (Após tanta lengalenga, aposto que vocês já estão a ver porno na net a essa hora. Eu já estaria!)

A história retoma o final aberto deixado em Legend, o jogo anterior. É interessante, com um certo sentido épico, toca em certos pontos interessantes do passado de Lara, em especial seus pais, surgem personagens de jogos anteriores, inclusive antigas rivais de jogos antigos e perto do final o jogo tem umas reviravoltas interessantes. A grande base do jogo foca-se na mitologia nórdica. Odin e Thor e Valhalla e o Ragnarock(o fim do mundo na mitologia nórdica) e Tailândia e México e.. ….Esperem. México e Tailândia na mitologia nórdica? Ahh… Não interessa. O jogo acaba por fazer esta ligação bem. Acho eu….
Não há muito mais a tocar neste tópico da história. Basicamente, cumpre a sua função, sem ser nada de mais.








"Oh, pá! Com tanto sítio para se sumir uma carteira..."










Mas agora….. Bem. Comecemos pelos gráficos. Certos cenários do jogo são muito bons e épicos. Cumprem bem a função de ter uma interpretação crível das diferentes localizações pelo mundo fora e a imaginação usada na criação destes cenários também está muito boa. As cores utilizadas também são muito boas, fortes e vivas. Lara, como sempre, está também muito bem modelada com boa definição e linhas muito boas(juro que estou a falar dos gráficos!), com um certo ar mais maduro. No modelo de quando saimos de água, tanto roupa e Lara molham-se(juro que sim! Gráficos, nada mais!) de maneira adequada e está muito bem conseguido.

Comecemos com os primeiros problemas… Embora alguns gráficos estão muito bons, outros…. Nem tanto. Alguns cenários não têm aquela magia que já vimos nesta consola. São adequados, mas longe da potência que outros jogos já nos deram. É impossível não os comparar quando nos lembramos dos gráficos de Prince of Persia, Uncharted, Metal Gear Solid 4, só pra nomear alguns.

Mas o pior dos gráficos estão nos “inimigos”. Tigres e jaguares com focinhos e linhas que lembram gráficos da PS2, mercenários todos com as mesmas caras e modelos repetitivos de personagens, enfim. As caras dos mercenários, já agora, mais parecem que os seus pais tentaram abortá-los à nascença, tal é a mestria de gráficos empregados aqui. O pior são nas pequenas aranhas e nos morcegos que temos de ir eliminando pelo jogo afora. São apenas um borrão de polígonos a voar ou a pular em nossa direcção. Terríveis para a PS3, diria até que adequados para a PSone, pois já vi melhor, garantidamente, na PS2.
Já agora, boa sorte quando quiserem consultar o mapa. É uma coisa horrível! Lara tem um sonar e o mapa forma-se na hora em que consultámos o sonar, transformando-se assim numa versão 3d do mapa da área onde estamos. É um conjunto de linhas azul-marinhos sobre um fundo preto, a 3 dimensões que é uma confusão absurda e em nada ajuda a função para que se destina. Antes não o tivessem posto no jogo. Para um mapa que nos pretende ajudar, só nos deixa mais confusos quando o consultamos.











Se a Defesa dos Animais visse este jogo... São tubarões, polvos, tigres, aranhas, lagartos, jaguares, morcegos... Tudo à espera de levar um balázio!!









O jogo é também repleto de bugs! Ninguém chegará ao fim deste jogo sem se deparar com várias falhas técnicas. Garanto! Uma vez pulei e fiquei atravessado numa parede, com o jogo a soluçar, noutra um tigre em que tinha acabado de matar ficou numa posiçao imóvel e deitado, mas com o pescoço erguido no ar parecendo uma estátua(hilariante, apesar de falha técnica), noutra fiquei engatado entre uma parede e não mais que uma pequena pedra, onde Lara continuamente dava pequenos saltos enquanto o jogo tentava reparar esta falha. E mais situações absurdas. Resumindo, muitos bugs pelo jogo fora, especialmente no que é chamado de sistema de detecção, que é o que faz o jogo ver que tenho uma parede ou uma pedra á minha frente e NÃO FICAR ATRAVESSADO OU ENGATADO MIRACULOSAMENTE NELAS! Estou a jogar com Lara Croft ou o Luís de Matos?!

O mais importante em qualquer Tomb Raider é a sua jogabilidade. Pular, trepar, balançar em cordas, equilibrar em traves continua tudo muito bom, fluído e divertido, Apenas falha por vezes quando queremos nos aproximar ao máximo da berma de alguma plataforma ou pedra onde estámos e Lara por vezes soluça um pouco.
O arsenal é variado, desde as já simbólicas duas pistolas de Lara, até uma caçadeira, metralhadora, duas Uzis, granadas e até um harpão para os níveis sub-aquáticos. O problema, é que graças a um sistema de pontaria automática(Lock-on) que o jogo tem, ele acaba por tornar-se fácil demais. Por exemplo, se vier um conjunto de 7 ou 8 morcegos para cima de nós, é só carregar no gatilho que difícilmente algum chegará até nós, pois graças aos controlos a pontaria tranca-se automáticamente a cada um deles, ou dois ao mesmo tempo até. E com um tiro só cada um deles morre, o que piora.
Mais á frente no jogo, temos o martelo de Thor como arma utilizável e, embora muito divertido, os inimigos tornam-se puramente carne pra canhão.
Os puzzles no jogo seguem a tradição da série e são engenhosos, alguns até desafiantes, mas nada de partir a cabeça.
O que mais prejudica a jogabilidade é o sistema de câmara. Muito mau. Muitas vezes lutamos com a câmara para tentar que ela pare quieta. Treme e soluça como se estivéssemos num tremor de terra! Muitas vezes também não conseguimos ver o que está á frente ou para onde vamos pular e o jogo não nos deixa ajustar-lhe todas as vezes, o que me originou muitos saltos em vão e mortes por conseguinte.






"Eu só quero vir buscar o barril da América que meus tios mandaram!!"






O som é muito, muito bom. Os efeitos sonoros estão bem e adequados, as vozes das personagens são também adequadas, mas é na musica do jogo que este campo brilha. Excelente banda sonora, toda ela orquestral e digna de um filme épico qualquer. Especialmente ao aproximarmo-nos do final do jogo, a música ganha uma dimensão estrondosa, poderosa e muito boa mesmo. Das coisas que mais gostei neste jogo e possívelmente a minha banda sonora preferida nesta série, mano-a-mano com a de Tomb Raider II.

Para terminar, outro ponto fraco. Tal como em Legend, o jogo é muito curto. Entre 6 a 8 horas para terminar o jogo, com sorte. Pelo jogo fora temos um x número de tesouros escondidos pelos vários níveis e depois de terminarmos o jogo podemos repetir os diferentes níveis e procurar por alguns que tenhamos deixado pra trás, o que dá alguma longevidade extra, mas nada de especial. Não há vontade de voltar a jogar-lhe após o final. Ainda por cima os tesouros são apenas umas pedras brilhantes, sem personalidade nenhuma. Quando me lembro dos tesouros escondidos em Uncharted: Drake’s Fortune, onde existe uma variedade absurda desde máscaras incas a adágas a cálices de bronze, prata ou ouro, e muitos mais brilharetes, não consigo achar aliciante achar-lhes todos em Underground. E pior, no menu só vemos o número de tesouros que já achamos num nível e quantos nos faltam, enquanto que em Uncharted temos o mesmo mas, o melhor e o que nos faz querer achar tudo, temos uma imagem fantástica de cada tesouro achado e uma pequena descrição do mesmo.







Na corda bamba... Infelizmente, é como esta série parece estar hoje em dia. Oxalá, não caia de vez...




Se a história já estava defenida em Legend para o jogo seguinte, a jogabilidade estabelecida, e os gráficos não fogem muito entre os dois jogos, porque não adiaram um pouco o lançamento de Legend e enfiar tudo o que temos em Underground nele?? Teriamos um jogo épico, com perto de 20 horas de duração, cenários variadíssimos e, embora com falhas técnicas e bugs, o jogo seria uma bomba e quem sabe voltaria a trazer o estatuto de ícone que Lara tanto merece voltar a possuir.

A sério, não imaginam as noites que eu tenho passado na cama com ela a chorar a meu lado. O nosso sexo maravilhoso e o meu membro generoso ainda distraem-na, mas rapidamente ela lembra-se do que ela era antes e o que é hoje. Mesmo enquanto estou a escrever esta análise ela soluça aqui ao meu lado. (Para a minha linda namorada: Sabes que tou na galhofa ;)

Agora muito a sério, como um fã da série na PSone e com muitas recordações agradáveis destes jogos, eu gostaria muito de dar uma nota elevada a este jogo. Mas não consigo.
Atenção, não é um mau jogo!! O jogo é bom, apesar dos bugs. Mas nada digno da excelência que Lara seria noutros tempos. Eu compraria este jogo só por menos de 30 euros.

Desculpa Lara. Não tás mal, mas merecias melhor. Agora volta a dormir. A não ser que não tenhas dor de cabeça hoje!!







"Isso é que é a minha nota?! Humm...Acho que vão começar a voar balas por aqui..."







GRÁFICOS – 7/10
Alguns cenários estão muito bons, outros nem por isso. Bom modelo de Lara. Maus modelos de alguns animais e todos os mercenários, terríveis talvez. Esta nova geração precisa de melhor.

JOGABILIDADE – 8/10
Muito variada e fluída, embora por vezes soluçante. Sistema de combate/tiros um bocado fácil demais devido ao seu sistema de lock-on. Puzzles estão bem. O sitema de câmara é uma coisa terrível!

SOM – 9/10
Boas vozes, mas a de Amanda e Zip são um tanto irritantes. Bons efeitos sonoros. A musica é genial! Orquestral e épica, especialmente as faixas com um coro.

LONGEVIDADE – 6.5/10
6 a 8 horas para terminar, mesmo procurando por todos os tesouros, que já agora não aliciam. Voltaria a jogar talvez, mas só passado muito tempo.

O QUE O JOGO ME DEU – 7/10
Gostei em partes, não noutras. Desiludiu-me um pouco, em especial quando me recordo do que esta série já me deu. No geral é agradável, mas para mim, sabe-me a pouco. Continuo a achar que deviam ter juntado Legend e Underground num só, o que seria uma coisa fenomenal, mesmo com pequenas falhas.

NOTA FINAL – 7/10
Bom jogo, com algumas falhas técnicas e graficais(essa palavra existe?) e um tanto curto. Fica um bocado aquém do que era Lara noutros tempos. Pelo menos, não roça sequer em prestigio e qualidade na porcaria que foi Angel of Darkness, mas não excede em muito Legend, como se esperava duma sequela.

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