sábado, 18 de abril de 2009

TOMB RAIDER: UNDERWORLD(PS3)







TOMB RAIDER: UNDERWORLD (PS3)


NOTA ESPECIAL: Agradecimentos ao meu amigo Bruno Fontes por me emprestar este jogo. Só precisei de o intimidar com uma arma á cabeça, nada de mais.


Ah, Lara, Lara…. Que saudades dos tempos em que eras um ícone dos videojogos…

Primeiro um pouco de história.
No longínquo ano de 199….e qualquer coisa(podia ir verificar no Google o ano correcto, mas não tenho paciência para isso), surgiu uma consola que veio mudar por completo o panorama até a altura.
Depois da sua consola de 16 bits de nome Mega Drive(que saudade.. já agora, irei por cá no blog uma zona retro!!), a Sega tentou inovar com uma consola de 32 bits, a Saturn….e falhou. A Nintendo, após não ter mais lucro para espremer da Super(que original, SUPER!!) Nintendo de 16 bits, viu-se obrigada a criar uma consola de 64 bits, a Nintendo 64(quem criava estes nomes? não conseguiam se sair com algo mais original?) e portou-se até razoavelmente. Mas quem dominava? (…além do jogo das Damas..e do peão)

O que levou esses dois colossos dos videojogos a apressar a criação destas novas consolas, que por sua vez, fez com que uma falhasse por completo e a outra ficasse muito aquém das expectativas? Quem andava a dominar o mercado? Quem andava a dar algo novo para os gamers de todo o mundo?
Uma pista: Começa por P, acaba em N, e tem no meio laystatio.

Pois é. A Sony Playstation, hoje também chamada afectuosamente de PSone.

A Playstation trouxe uma lufada de ar fresco e inovação com a sua consola de 32 bits. Os jogos em Cd trouxeram capacidades novas que os antigos cartuchos nunca conseguiram: melhores gráficos; melhor som; uma maior capacidade de armazenamento; e mais. Outros já o haviam tentado(Sega CD, Philips Cdi, Atari Jaguar) mas nunca conseguiram dar o melhor proveito aos Cds, algo em que a Sony pura e simplesmente arrasou!!






Coisa mai' linda!




Eis o lado irónico: a Playstion deve o seu nascimento á Nintendo! Em 199…ahh…na década de 90, a Nintendo contratou a Sony para que lhe criasse um drive de cds para uma consola nova em que pensavam criar, só que o projecto foi(estupidamente) abandonado pela Nintendo.
A equipe de desenvolvimento da Sony, após tanto esforço, decidiu tentar por sua conta e risco(atenção que estamos a falar aqui de bilhões e bilhões de euros…ou escudos, na altura..ou patacas...reis?... dobrões de ouro?...não me lembro, foi há tempo demais) avançar com o que tinham criado. Eis que acertam na mosca(coitada..) e a Sony subitamente dá por si a dominar o mercado, e mesmo com o já referido surgimento de novas consolas da concorrência, nada abalou a sua liderança.

Evidentemente, muito se deveu aos jogos que surgiram na Playstation que hoje em dia são considerados clássicos: Resident Evil; Final Fantasy VII; Metal Gear Solid; Gran Turismo; Soul Reaver e muitos, muitos mais. Entre eles, o que hoje vamos focar, Tomb Raider!

Lara Croft tornou-se uma personagem incontornável dos videojogos ao nível de Sonic e Super Mário e, o mais incontestável, tornou-se O ícone absoluto de uma personagem principal feminina num videojogo. Uma legião de fãs imediatamente criou-se. Lara atingiu um tal estatuto que originou várias sequelas/jogos, originou uma banda desenhada e várias erecções em adolescentes graças aos seus…atributos.
Até os U2, sim os U2!!! Durante a sua digressão mundial do álbum POP, os fãs nos espectáculos eram agraciados com imagens de Lara Croft aos pulos e aos tiros e sei lá mais o quê, em ecrâs GIGANTESCOS!! Os ecrãs eram tão grandes que eles eram O palco!!
Mais notoriamente, Lara tornou-se tão popular, que Hollywood criou dois filmes de milhões de dólares(com milhões de lucro) com a licença Tomb Raider, onde Lara foi interpretada por Angelina Jolie!! Sim, a Angelina Jolie, esposa de Brad Pitt e minha amante. Oops, não era suposto vocês saberem. Que chatice, lá vêm os papparazzi prá minha porta.

Agora, o jogo.
Tomb Raider estava na máxima com cinco jogos da série já na Playstation e outros em PC. Chegou a nova geração de 128 bits com a PS2 e já se clamava por Lara. Eis que nasceu Tomb Raider: The Angel of Darkness.
Uma hora muito, muito negra…. O jogo era terrível. Muito mau mesmo. Se hoje Lara perdeu o seu estatuto, este jogo é o responsável.

A série Tomb Raider era conhecida por uma excelente jogabilidade e puzzles engenhosos. Lara tinha uma agilidade espantosa e era fácil controlarmos a personagem e desencadear séries de saltos, pulos, piruetas, trepar cenários gigantescos e épicos, correr aos tiros, enfim, muita variação e de fácil execução.
Angel of Darkness falhava redondamente em tudo, excepto o som e gráficos aceitáveis mas com péssimos controlos e muitas falhas técnicas, os chamados bugs. O que antes era fluído e de rápida execução tornou-se quase impraticável, soluçante, quase impossível de executar que por sua vez tornava a progressão do jogo lenta, irritante até.

O jogo não poderia ter um título mais apropriado. Angel of Darkness arrastou Lara para a Escuridão e desacreditou a série, fazendo com que tardasse muito até um novo jogo ver a luz do dia. Basicamente, Angel of Darkness foi tão bom para a série como Sócrates foi para Portugal. Muito mau, para os socialistas que se recusam a perceber a comparação.



Angel of Darkness. Se algum dia virem isto, atirem-no para uma fogueira!






Dito isto, quando foi anunciado um novo jogo na série, Tomb Raider: Legend, não foi dada tanta importância quanto seria dada noutros tempos. Saiu o jogo, e foi, de facto, uma agradável surpresa!
Legend, não só voltava a uma jogabilidade de muito mais fácil execução e fluídez muito boa, como inovava, acrescentando uma Zip gun: um engenho que basicamente quando disparado por Lara fornecia uma corda a ser utilizada quer fosse para balançar Lara para atingir plataformas longínquas, quer fosse para subir ou descer, quer fosse para engatar em certos ganchos para resolver um ou outro puzzle. Além disso, na PS2 os gráficos eram muito bons, ricos, variados e até belos, a história tomava um rumo novo dando um muito precisado argumento novo para Lara, lidando com o passado da mesma e com os seus pais. O único senão do jogo era a longevidade, pois era muito curto podendo-se chegar ao final em pouco mais de 6 horas. Joguei, rapidamente cheguei ao fim, mas concordei na totalidade com as críticas: muito bom jogo, embora curto, e fez-me ter uma certa nostalgia muito agradável de Tomb Raider na PSone. Depois de quase partir o meu comando e praguejar como o Pedro Moura grosso ao jogar Angel of Darkness, Legend foi uma agradável surpresa para mim.

A série não ganhou o estatuto que antes tinha, pois entretanto outras proliferavam(Metal Gear Solid, Final Fantasy, Resident Evil) e novas até surgiam(God of War, Prince of Persia, Splinter Cell), mas as criticas eram unânimes em considerar Legend um jogo muito bom e um levantar de cabeça de Lara. Tomb Raider já não era a luz que era, mas ainda brilhava.

Agora estamos na nova geração: PS3, XBOX360 e Nintendo Wii. E agora, finalmente, vamos á análise deste mais recente título da serie: Tomb Raider: Underworld. (Após tanta lengalenga, aposto que vocês já estão a ver porno na net a essa hora. Eu já estaria!)

A história retoma o final aberto deixado em Legend, o jogo anterior. É interessante, com um certo sentido épico, toca em certos pontos interessantes do passado de Lara, em especial seus pais, surgem personagens de jogos anteriores, inclusive antigas rivais de jogos antigos e perto do final o jogo tem umas reviravoltas interessantes. A grande base do jogo foca-se na mitologia nórdica. Odin e Thor e Valhalla e o Ragnarock(o fim do mundo na mitologia nórdica) e Tailândia e México e.. ….Esperem. México e Tailândia na mitologia nórdica? Ahh… Não interessa. O jogo acaba por fazer esta ligação bem. Acho eu….
Não há muito mais a tocar neste tópico da história. Basicamente, cumpre a sua função, sem ser nada de mais.








"Oh, pá! Com tanto sítio para se sumir uma carteira..."










Mas agora….. Bem. Comecemos pelos gráficos. Certos cenários do jogo são muito bons e épicos. Cumprem bem a função de ter uma interpretação crível das diferentes localizações pelo mundo fora e a imaginação usada na criação destes cenários também está muito boa. As cores utilizadas também são muito boas, fortes e vivas. Lara, como sempre, está também muito bem modelada com boa definição e linhas muito boas(juro que estou a falar dos gráficos!), com um certo ar mais maduro. No modelo de quando saimos de água, tanto roupa e Lara molham-se(juro que sim! Gráficos, nada mais!) de maneira adequada e está muito bem conseguido.

Comecemos com os primeiros problemas… Embora alguns gráficos estão muito bons, outros…. Nem tanto. Alguns cenários não têm aquela magia que já vimos nesta consola. São adequados, mas longe da potência que outros jogos já nos deram. É impossível não os comparar quando nos lembramos dos gráficos de Prince of Persia, Uncharted, Metal Gear Solid 4, só pra nomear alguns.

Mas o pior dos gráficos estão nos “inimigos”. Tigres e jaguares com focinhos e linhas que lembram gráficos da PS2, mercenários todos com as mesmas caras e modelos repetitivos de personagens, enfim. As caras dos mercenários, já agora, mais parecem que os seus pais tentaram abortá-los à nascença, tal é a mestria de gráficos empregados aqui. O pior são nas pequenas aranhas e nos morcegos que temos de ir eliminando pelo jogo afora. São apenas um borrão de polígonos a voar ou a pular em nossa direcção. Terríveis para a PS3, diria até que adequados para a PSone, pois já vi melhor, garantidamente, na PS2.
Já agora, boa sorte quando quiserem consultar o mapa. É uma coisa horrível! Lara tem um sonar e o mapa forma-se na hora em que consultámos o sonar, transformando-se assim numa versão 3d do mapa da área onde estamos. É um conjunto de linhas azul-marinhos sobre um fundo preto, a 3 dimensões que é uma confusão absurda e em nada ajuda a função para que se destina. Antes não o tivessem posto no jogo. Para um mapa que nos pretende ajudar, só nos deixa mais confusos quando o consultamos.











Se a Defesa dos Animais visse este jogo... São tubarões, polvos, tigres, aranhas, lagartos, jaguares, morcegos... Tudo à espera de levar um balázio!!









O jogo é também repleto de bugs! Ninguém chegará ao fim deste jogo sem se deparar com várias falhas técnicas. Garanto! Uma vez pulei e fiquei atravessado numa parede, com o jogo a soluçar, noutra um tigre em que tinha acabado de matar ficou numa posiçao imóvel e deitado, mas com o pescoço erguido no ar parecendo uma estátua(hilariante, apesar de falha técnica), noutra fiquei engatado entre uma parede e não mais que uma pequena pedra, onde Lara continuamente dava pequenos saltos enquanto o jogo tentava reparar esta falha. E mais situações absurdas. Resumindo, muitos bugs pelo jogo fora, especialmente no que é chamado de sistema de detecção, que é o que faz o jogo ver que tenho uma parede ou uma pedra á minha frente e NÃO FICAR ATRAVESSADO OU ENGATADO MIRACULOSAMENTE NELAS! Estou a jogar com Lara Croft ou o Luís de Matos?!

O mais importante em qualquer Tomb Raider é a sua jogabilidade. Pular, trepar, balançar em cordas, equilibrar em traves continua tudo muito bom, fluído e divertido, Apenas falha por vezes quando queremos nos aproximar ao máximo da berma de alguma plataforma ou pedra onde estámos e Lara por vezes soluça um pouco.
O arsenal é variado, desde as já simbólicas duas pistolas de Lara, até uma caçadeira, metralhadora, duas Uzis, granadas e até um harpão para os níveis sub-aquáticos. O problema, é que graças a um sistema de pontaria automática(Lock-on) que o jogo tem, ele acaba por tornar-se fácil demais. Por exemplo, se vier um conjunto de 7 ou 8 morcegos para cima de nós, é só carregar no gatilho que difícilmente algum chegará até nós, pois graças aos controlos a pontaria tranca-se automáticamente a cada um deles, ou dois ao mesmo tempo até. E com um tiro só cada um deles morre, o que piora.
Mais á frente no jogo, temos o martelo de Thor como arma utilizável e, embora muito divertido, os inimigos tornam-se puramente carne pra canhão.
Os puzzles no jogo seguem a tradição da série e são engenhosos, alguns até desafiantes, mas nada de partir a cabeça.
O que mais prejudica a jogabilidade é o sistema de câmara. Muito mau. Muitas vezes lutamos com a câmara para tentar que ela pare quieta. Treme e soluça como se estivéssemos num tremor de terra! Muitas vezes também não conseguimos ver o que está á frente ou para onde vamos pular e o jogo não nos deixa ajustar-lhe todas as vezes, o que me originou muitos saltos em vão e mortes por conseguinte.






"Eu só quero vir buscar o barril da América que meus tios mandaram!!"






O som é muito, muito bom. Os efeitos sonoros estão bem e adequados, as vozes das personagens são também adequadas, mas é na musica do jogo que este campo brilha. Excelente banda sonora, toda ela orquestral e digna de um filme épico qualquer. Especialmente ao aproximarmo-nos do final do jogo, a música ganha uma dimensão estrondosa, poderosa e muito boa mesmo. Das coisas que mais gostei neste jogo e possívelmente a minha banda sonora preferida nesta série, mano-a-mano com a de Tomb Raider II.

Para terminar, outro ponto fraco. Tal como em Legend, o jogo é muito curto. Entre 6 a 8 horas para terminar o jogo, com sorte. Pelo jogo fora temos um x número de tesouros escondidos pelos vários níveis e depois de terminarmos o jogo podemos repetir os diferentes níveis e procurar por alguns que tenhamos deixado pra trás, o que dá alguma longevidade extra, mas nada de especial. Não há vontade de voltar a jogar-lhe após o final. Ainda por cima os tesouros são apenas umas pedras brilhantes, sem personalidade nenhuma. Quando me lembro dos tesouros escondidos em Uncharted: Drake’s Fortune, onde existe uma variedade absurda desde máscaras incas a adágas a cálices de bronze, prata ou ouro, e muitos mais brilharetes, não consigo achar aliciante achar-lhes todos em Underground. E pior, no menu só vemos o número de tesouros que já achamos num nível e quantos nos faltam, enquanto que em Uncharted temos o mesmo mas, o melhor e o que nos faz querer achar tudo, temos uma imagem fantástica de cada tesouro achado e uma pequena descrição do mesmo.







Na corda bamba... Infelizmente, é como esta série parece estar hoje em dia. Oxalá, não caia de vez...




Se a história já estava defenida em Legend para o jogo seguinte, a jogabilidade estabelecida, e os gráficos não fogem muito entre os dois jogos, porque não adiaram um pouco o lançamento de Legend e enfiar tudo o que temos em Underground nele?? Teriamos um jogo épico, com perto de 20 horas de duração, cenários variadíssimos e, embora com falhas técnicas e bugs, o jogo seria uma bomba e quem sabe voltaria a trazer o estatuto de ícone que Lara tanto merece voltar a possuir.

A sério, não imaginam as noites que eu tenho passado na cama com ela a chorar a meu lado. O nosso sexo maravilhoso e o meu membro generoso ainda distraem-na, mas rapidamente ela lembra-se do que ela era antes e o que é hoje. Mesmo enquanto estou a escrever esta análise ela soluça aqui ao meu lado. (Para a minha linda namorada: Sabes que tou na galhofa ;)

Agora muito a sério, como um fã da série na PSone e com muitas recordações agradáveis destes jogos, eu gostaria muito de dar uma nota elevada a este jogo. Mas não consigo.
Atenção, não é um mau jogo!! O jogo é bom, apesar dos bugs. Mas nada digno da excelência que Lara seria noutros tempos. Eu compraria este jogo só por menos de 30 euros.

Desculpa Lara. Não tás mal, mas merecias melhor. Agora volta a dormir. A não ser que não tenhas dor de cabeça hoje!!







"Isso é que é a minha nota?! Humm...Acho que vão começar a voar balas por aqui..."







GRÁFICOS – 7/10
Alguns cenários estão muito bons, outros nem por isso. Bom modelo de Lara. Maus modelos de alguns animais e todos os mercenários, terríveis talvez. Esta nova geração precisa de melhor.

JOGABILIDADE – 8/10
Muito variada e fluída, embora por vezes soluçante. Sistema de combate/tiros um bocado fácil demais devido ao seu sistema de lock-on. Puzzles estão bem. O sitema de câmara é uma coisa terrível!

SOM – 9/10
Boas vozes, mas a de Amanda e Zip são um tanto irritantes. Bons efeitos sonoros. A musica é genial! Orquestral e épica, especialmente as faixas com um coro.

LONGEVIDADE – 6.5/10
6 a 8 horas para terminar, mesmo procurando por todos os tesouros, que já agora não aliciam. Voltaria a jogar talvez, mas só passado muito tempo.

O QUE O JOGO ME DEU – 7/10
Gostei em partes, não noutras. Desiludiu-me um pouco, em especial quando me recordo do que esta série já me deu. No geral é agradável, mas para mim, sabe-me a pouco. Continuo a achar que deviam ter juntado Legend e Underground num só, o que seria uma coisa fenomenal, mesmo com pequenas falhas.

NOTA FINAL – 7/10
Bom jogo, com algumas falhas técnicas e graficais(essa palavra existe?) e um tanto curto. Fica um bocado aquém do que era Lara noutros tempos. Pelo menos, não roça sequer em prestigio e qualidade na porcaria que foi Angel of Darkness, mas não excede em muito Legend, como se esperava duma sequela.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

PRINCE OF PERSIA (PS3)




PRINCE OF PERSIA (PS3)





Primeiro que tudo, quero deixar claro que já sou seguidor desta franchise desde a primeira aparição do principe na PS2. Joguei toda a trilogia da PS2, completei-os todos e é uma das minhas séries preferidas no mundo dos videojogos. Dito isto, quando foi anunciada uma nova trilogia na Pérsia para as consolas da nova geração, como muita gente, fiquei imediatamente com uma erecção. Isso ou tava a ouvir Tony Carreira.

Eis que começaram a surgir novidades deste novo capítulo, que fizeram com que muitos fãs, especialmente os norte-americanos, começassem a perder o já referido vigor fálico: esta trilogia não estaria ligada á anterior; novas personagens; nova história; jogabilidade remodelada; e a que mais narizes franziu pelo mundo fora, gráficos em Cel-Shading(gráficos 2D sobre 3D, que lhe dão por vezes um certo ar cartoon).
Mas, de novo, triunfo para a Ubisoft Montreal! Dos meus jogos preferidos DE SEMPRE!!!! E todos nós sabemos como a minha opinião é determinante para todos os gamers….da minha rua.


"Hmm... Acho que a agência de viagens enganou-me. Isto não me parece Paris..."

O Príncipe(já agora, nunca nos é dado o nome deste personagem) é alguém completamente diferente do da trilogia anterior. Em vez daquele Principe nobre, herói, voluntarioso e, o mais significativo, um Príncipe de verdade, de verdadeiro sangue azul, deparámo-nos com um ladrão! Um autêntico Aladino sem tanta nobreza de coração quanto o seu cônjuge da Disney. É um caçador de tesouros, que só quer fugir desta aventura, sem interesse algum que o Fim do Mundo esteja iminente, sem piedade por um povo que poderá estar em sofrimento, sem moral. E qual o problema?

Em muitas das reviews que vi, esta personalidade arrogante e de espertalhão do Principe era algo que irritava um pouco os jogadores e os reviewers. Mas no fim, tudo muda. É basicamente uma personagem ao estilo de Han-Solo na Guerras das Estrelas: sabemos que é um parvalhão que só está na aventura preocupado com o seu lucro pessoal, mas no fim acaba por se tornar o herói, salvando o Mundo e abdicando do seu egoísmo pessoal.


"Sim, sou um parvalhão...E depois?"


Elika, a heroína, é o contrário. Uma personagem nobre, uma princesa pronta a sacrificar o que for preciso para salvar seu povo da desgraça iminente, causada pela ingenuidade de seu pai, o Rei. Os jogadores criarão uma ligação com ambas as personagens facilmente pelo decorrer do jogo e é engraçado ver os diálogos entre as duas personagens. Por exemplo, o Principe vai parar a este reino procurando pela sua burra após terem-se separado devido a uma tempestade de areia, em que são apanhados ao virem de saquear um túmulo algures no deserto. Algures no jogo, o Príncipe pede a Elika que fale um pouco de si, pois ele gostaria de conhecer a rapariga que a pôs nesta situação toda, ao que ela responde, é simples: ele só tem que voltar a encontrar a sua mula(rufar de tambor)!

"Querido...acho que estou grávida. Espera!! Onde vais?! Espera!!"


A história gira em torno do eterno cliché da luta entre a Luz e a Escuridão, o Bem e o Mal, a maionese e o ketchup. Só que esta dicotomia é levada á letra, pois o mundo tem literalmente duas versões: a da escuridão e decadência e a da luz e beleza. O jogo é dividido por quatro regiões(cada uma delas com o seu próprio boss que enfrentámos várias vezes no jogo) divididas por várias áreas e cada uma delas está envolta em escuridão até que Elika, ao chegar a uma zona de cura, sane a área usando seus poderes de Luz(já tinha dito que ela tinha tais poderes?), tranformando assim o cenário para pleno de sol, relva, árvores, água, basicamente, Natureza.

E aqui é que se notam os gráficos estrondosos e de uma beleza invulgar.
Todo o jogo parece uma aguarela pérsica. O mundo é lindo, belo e quase idílico, no entanto, crível. De facto, toda a ambientação do jogo e o sentimento de um mundo vasto e rico é dos maiores atractivos do jogo. O jogo emprega um dos melhores usos de Cel-shading já vistos desde Okami ou Zelda:The Wind Waker, tanto a nível de cenário como de personagens. De facto, a atmosfera do jogo é uma verdadeira obra artística que nos faz querer que este mundo seja real. Tal sensação de mundo rico e de solidão e vastidão, por muitas vezes fizeram-me lembrar os fantásticos(cá estarão análises deles algum dia) Ico e Shadow of the Colossus na PS2.

"Tenho a impressão que alguém me vigia..."


Esta atmosfera também é muito ajudada pela música existente no jogo e pelo excelente uso do som, desde o vento a soprar até ao ruido duma cascata. As vozes de todas as personagens são de grande qualidade também, especialmente a do Principe.
Após uma região estar salva, poderemos colecionar um X numero de Light Seeds(globos de luz de onde advêem os poderes de Elika) nesta mesma região. O jogo também apresenta uma estrutura quase não linear, onde somos livres de ir para cada área ou região que queiramos e avançar com a história ao mesmo tempo. Esta não-linearilidade só desaparece quando Eilka ainda não dispõe dos poderes de Luz necessários para se poderem avançar.


Aqui larguem o comando e limitem-se a ouvir o tema principal. Lindo!! E...ahh...pérsico...Sim, isso...


A jogabilidade é o que se espera dum jogo de Prince of Persia. O Principe é detentor de uma tal agilidade e acobracias dignas de Vale e Azevedo a fugir á Justiça. A jogabilidade é muito intuitiva, divertida e de fácil acesso. Rapidamente, os jogadores estarão a saltar de mastro em mastro, trepando ou correndo por paredes, deambulando por esta Pérsia pré-Irão e bombas nucleares afora. O combate é também intuitivo e variado com muitas combos possíveis de serem efectuadas.
A variedade da jogabilidade reside em Elika, tanto na exploração como no combate. Nunca a controlámos e ela segue sempre atrás do Principe sem nunca interferir no campo de visão, mas podemos utilizar o seus poderes mágicos em combate com um simples clicar do botão de Triângulo. De facto, por vezes para podermos continuar a atacar os Inimigos da Escuridão, teremos de usar tais poderes mágicos para primeiro destruir o seu escudo negro e continuarmos a dar pancadaria. Haverão tambêm zonas do jogo que só poderão ser acedidas utilizando plataformas mágicas que se activam com os poderes(quatro) que Elika terá de desbloquear ao longo do jogo.

O jogo não é particularmente longo, mas pode-se tornar se quisermos ser perfeccionistas, e acreditem que vão querer voltar a pegar no comando e reiniciar o jogo. Existem 1001 Light Seeds para encontrar no jogo, o que oferece um bom desafio(embora não sejam necessárias todas para chegar ao final do jogo. Só necessitam achar 540), trajes alternativos tanto para o Principe como para Elika, incluindo um traje de Altair de Assassins Creed ou um traje do Principe de Sands of Time original, e um número e variedade de Trophies para se conseguir no jogo interessantes, incluindo efectuar todas as combos possíveis ou Time Trials onde se tem de ir a determinada zona até outra numa região num tempo limite.

"Qual é a minha nota?!"

GRÁFICOS - 10/10
Soberbos cenários e personagens. Excelente uso de Cel-Shading. Câmara sem falhas. Fantástica ambientação e atmosfera. Que linda é a Pérsia! E a Angelina Jolie também.

JOGABILIDADE - 9/10
É o mais importante num jogo PoP e não desilude. E é divertido ser mais ágil que um macaco! Sistema de combate variado e intuitivo.

SOM - 8.5/10
Música só peca por ser pouco variada, mas é de resto fantástica e imersiva. O tema principal é perfeito para o tema pérsico e muito belo. Ambiente sonoro muito bom, mas nada transcendental. Vozes impecáveis dos personagens.

LONGEVIDADE - 8.5/10
Não é longo, mas oferece alguns bons atractivos para se voltar a jogar. Tem um Epílogo para se adquirir na Playstation Store. Trajes alternativos. Troféus variados, interessantes e alguns até divertidos. Não tem modo online, embora não o justifique.

O QUE O JOGO ME DEU - 9/10
Gostei muito. Muitas vezes deu-me a agradável sensação que Ico ou Shadow of Colossus me deram. Já se tornou num dos meus preferidos, tanto na PS3 como de sempre.

NOTA FINAL - 9/10
Comprem-no! Já! Em vez de alimentarem os vossos filhos, aqueles ingratos…

Contacto

Doações serão bem-vindas... ;-) Quem tiver alguma questão ou quiser emprestar algum jogo para análise é só contactar-me em OVideojogo@hotmail.com. Quem o fizer ganhará uma menção honrosa e um Big Mac. Por favor, comentem nas análises e subscrevam. Não pagam nada por isso... Só estarão a vender a vossa alma ao Diabo, mas têm que admitir que é um pequeno preço a pagar pelas minhas fantabulásticas análises!!

Acerca de mim

Sou um tipo de 26 anos que provavelmente já jogava videojogos no ventre da minha mãe. Considero-me relativamente informado do que se passa neste mundo e a pedido de muitas familias (eu) finalmente decidi dar as minhas opiniões. Só farei análises de jogos que tenho, não me peçam jogos da XBox, DS ou O Jogo da Glória, pois, embora gostasse muito, não tenho uma nas minhas posses.

Primeiro post

"O quê?! Não tem nada?..."

Só agora criei isto, pessoal. As senhoras que já estavam em topless para ler o que digo, por favor voltem a vestir os Tops. As minhas reviews não faltam muito até atingirem a Internet como uma BOMBA................... de Carnaval.

Para os meus 3 fãs, tenham calma que eu tenho trabalho e já não tenho tanto tempo livre disponível como antes. Se querem mais rapidez, podem sempre oferecer-me um ordenado por isso. Esta semana já espero por no mínimo 2 análises.

Por favor, vão consultando e ver como anda isso. Abraço a todos que cá venham e por favor comentem no que eu ir enfiando para aqui. Só serão aceites comentários com linguagem muito indecente ;) Agora a sério, deixem um feedback para eu saber se estou no caminho certo ou não.

Um abraço para os senhores e um beijo para as meninas no local onde mais gostarem. De novo, vão consultando a ver se já há algo e obrigado. Agora tenho que ir, minha mãe diz que o jantar está pronto.
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